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Correr na Cidade

Nutrição no Desporto - o que devemos comer? - Primeira Parte

Por Ana Sofia Guerra (nutricionista):

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 Pasta party na véspera da Maratona de Sevilha 2015

 

A prática duma actividade física está na moda. Seja num ginásio, em casa ou ao ar livre, a correr, a andar ou a levantar pesos. E com este “boom” de praticantes (amadores ou não) sugem as dúvidas relacionadas com o que comer antes, durante e depois da actividade física.

 

De forma a ajudar a orientar o desportista na área da nutrição no desporto, a Direcção Geral de Saúde em parceria com o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, elaborou um documento que ajuda a dar os primeiros passos nesta área, com informações importantes sobre os macro e micronutrientes, tipo de modalidade e suplementação. Contudo, há que relembrar que a leitura e estudo deste documento não substitui o papel do nutricionista. Cabe ao nutricionista (de preferência com especialização na área do desporto) avaliar o atleta e elaborar um plano alimentar adequado e personalizado.

 

O papel da nutrição adequada no desempenho e recuperação do atleta é muito importante, seja em desportos de endurance, hipertrofia ou outros. Sendo a corrida um desporto de endurance (treino de resistência) e com cada vez mais participantes amadores, o cuidado a ter com a alimentação é essencial.

 

Existem 3 etapas importantes que são seguidas numa consulta de nutrição desportiva e que devem estar bem desenvolvidas e escritas. Como seria de esperar, estas etapas podem e devem ser alteradas consoante os resultados ou vontade do atleta ou nutricionista ou treinador.

 

A primeira etapa deste processo, ainda antes de entrar na parte dos cálculos, é definir um (ou mais) objectivos. Saber para onde queremos ir, o que queremos alcançar e quando é que queremos atingir o objectivo, devem estar bem definidos e guardados num local de fácil consulta. Estes objectivos podem ser numéricos (por exemplo, "quero diminuir 5% de massa gorda até Dezembro") ou podem ser sonhos ("quero ser selecionado para os jogos olímpicos"). Os objectivos devem ser realistas e cabe ao nutricionista e ao treinador manter o atleta o mais focado possível.

 

A segunda etapa é a parte dos cálculos. O cálculo das necessidades energéticas é dos primeiros cálculos a serem feitos e, para isso, existem fórmulas que podem ajudar e que estão presentes no documento. É importante ter presente que estes cálculos indicam um valor estimado e que variam consoante as parcelas são alteradas (peso do atleta, nível de actividade física e idade). Por isso, devem ser recalculados sempre que necessário.

 

A terceira etapa é o cálculo das necessidades de cada macronutriente: proteínas, hidratos de carbono e lípidos. Mas este tema será desenvolvido na segunda parte deste artigo, onde vou explicar como devem fazer estes cálculos e que cuidados gerais devemos ter em algumas refeições.

 

Boas corridas!

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