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Correr na Cidade

Treino quente em Monsanto

Por Luís Moura

Ontem foi dia de treino rolante, com ritmo elevado. Depois de ter passado a semana toda a fazer subidas e descidas por Lisboa a ritmo médio/médio-alto, ontem foi dia de fazer um treino mais rápido usando apenas o piso do alcatrão, mas sem perder de vista a Serra D’arga.

 

O plano era fazer a travessia de Monsanto nos dois sentidos, Sete Rios -> Algés e depois Belém -> Sete Rios, num total aproximado de 20km.

 

Ás 17:15 vesti o equipamento, coloquei as minhas sapatilhas preferidas para alcatrão, as Saucony Guide 7, enchi o bidão de água gelada que levei à cintura com 600ml e na mão levei uma garrafa de agua oferecida pela Vimeiro para ser ingerida na primeira travessia.

 

17:30, saída de casa, com a temperatura muito alta nas zonas onde não estava vento, com muito pouco oxigénio para correr, mas sabia que depois iria melhorar em Monsanto do lado de lá.

 

Primeiros 2km feitos da Rua Filipe da Mata até entrada de Monsanto, feitas a ritmo de aquecimento por volta dos 5/km. Depois os famosos 1.650 metros sempre a subir até ao topo de Monsanto, indo pela Avenida 24 de Janeiro até ao Estabelecimento Prisional de Monsanto. Vão perceber que gosto muito desta rampa, pois não só é difícil de fazer como fica perto de casa.

 

Depois foi rolar durante 2km pela Estrada do Penedo até à Rotunda Da universidade Técnica, virar para a Estrada Pedro Teixeira, e iniciar a descida até Algés, indo pelas ruas Av. Helen Keller, Rua Carlos Calisto, Rua Antão Gonçalves e descer a Avenida das Descobertas e a Avenida Dom Vasco da Gama até à rotunda.

 

Pouco depois de chegar à rotunda de Algés e virar à esquerda em direção a Belém pela avenida da India até ao CCB. Por esta altura dava o GPS a passagem pelos 10km de percurso em 49:20min. Estava muito quente ainda para se apertar o andamento. Sempre que podia, tentava usar o lado do passeio onde existia sempre mais sombra de maneira a rentabilizar o arrefecimento do corpo e a ingestão de água.

 

Ao fim de +/- 2km chegada ao CCB e ao Jardim da Praça do Império onde tirei a única foto do dia. Um casal estrangeiro espantado com a humidade que rodeava o meu tronco aceitou com algum sorriso à mistura retirar a foto. Em contrapartida, tirei eu uma a eles e depois dos habituais agradecimentos, altura de meter pés a andar.

 

Nesta altura já a garrafa de água tinha acabado e ingeri uma pastilha da Isostar com vitaminas e glucose, para ajudar a manter o corpo hidratado na segunda parte.

 

Dirigi-me para a Calçada da Ajuda indo pela rua de Belém, que estava repleta de estrangeiros a passear, a tirar fotos e a comprar pasteis de Belém, e comecei a subir, tentando sempre apanhar sombra.

 

Chegado ao cruzamento com a rua General Joao de Almeida reparo que toda a rua daí para cima está fechada e apenas tem um carreiro para peões onde 2 pessoas lado a lado ocupam o espaço todo. E tive que pedir por várias vezes para me deixarem passar, pois a essa hora estava muito gente a subir e descer a rua, estrangeiros a passear ou apenas a passear o cão, e ninguém aquela hora esperava sentir um maluco a subir a calçada rapidamente. É sempre uma situação incomoda, pois vimos com uma respiração muito elevada e pesada do esforço, que falar torna-se complicado, mas com uns agradecimentos com a mão e cabeça, lá se resolvem as questões. Estrangeiros riem.

 

Quando chego ao final da subida da Ajuda, já a entrar na rua do Penedo para o regresso, o GPS indica 15km. Tempo de percurso, 1:16min. Tá bom pensei… continuemos a puxar.

 

Deste ponto até ao cima da subida do estabelecimento prisional bebi todo o remanescente da água do bidão, que por esta altura já não era gelada mas muito “ao natural”. Mas a sede era tanta, que qualquer agua era boa nesta altura.

 

Cheguei ao topo da subida, e quando virei à direita para iniciar a descida da Avenida 24 de Janeiro, respirei fundo, senti os gémeos a pedir descanso e o corpo a pensar que na caminha é que estava bem. Já falta pouco!

 

Acelerei na descida, tendo feito 2 km a descer em 4:19 e 3:55/km respectivamente, mantendo um ritmo elevado ainda enquanto atravessava em frente ao zoológico e era alvo de intriga de muitas das pessoas que estavam nas paragens a fugirem ao calor enquanto esperavam os autocarros que os levassem ao destino. Os últimos 3km foram feitos por volta dos 4:40/km já a gerir esforço mentalmente.

 

Cheguei a casa, com 21,2km feitos em 1:45:04, o que dá uma média de 4:57/km com um desnível positivo de 392metros.

 

Tendo em conta a hora do treino, o calor que fustigava a cara e o tronco e as 2 subidas que passei, acho que foi um bom treino no percurso para a Serra no final de Setembro.

 

Esta semana vou fazer 3 treinos médios e no próximo fds mais um longo para continuar a preparação.

 

Com este tempo, nunca se esqueçam de beber muita água, durante o dia, durante o treino e depois do treino. Os vossos músculos e articulações agradecem daqui a uns anos.

 

 

PS – Fiquei um pouco triste por me ter cruzado com 4 pessoas também a correr em Monsanto e apenas uma delas respondeu ao cumprimento. As outras 3 nem sequer olharam. Isto mete-me um pouco de confusão, mas devo ser dos poucos que gosto de saudar outros colegas de esforço e de determinação.

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